quinta-feira, 25 de março de 2010

Para Refletir: SER PROFESSOR

O nobre professor é abençoado maestro que consegue retirar dessa harpa viva que é o coração da criança, a mais sublime musicalidade.

Sabe dedilhar nas cordas mais sutis da alma juvenil, a canção do dever e da justiça.

Consegue despertar nas almas que lhe ouvem os sábios conselhos, a mais harmoniosa melodia da esperança, da fé e do amor sem limites

Todavia, há uma profissão da qual praticamente todas as demais dependem: é a de professor.

Esse profissional é o grande responsável pela formação intelectual dos seres que passam pelas salas de aula. E não são poucos.

O professor é quase um segundo pai, e a professora, uma segunda mãe, já que têm o poder de influenciar sobremaneira na formação dos caracteres de seus alunos.

Por isso, a profissão do educador é uma das mais nobres e também de grande responsabilidade.

Se todo professor tivesse consciência da gravidade da ação que exerce sobre seus educandos, certamente a nossa sociedade seria melhor.

Não queremos dizer que toda responsabilidade pese sobre o professor, mas grande parte dela, já que os pais são os maiores responsáveis pela conduta moral dos filhos.

No entanto, há professores e professores.

Há aqueles que não passam de comerciantes da educação. Dão suas aulas como quem se desincumbe de pesado fardo, pensando no valor que recebem no final do mês.

Há os indiferentes, que dão aulas de forma maquinal, não se esforçam nem para sair da mesmice, que os alunos já não suportam mais.

Há aqueles que são o exemplo vivo da deseducação. Sentam-se na mesa, gritam para serem ouvidos, esmurram a mesa ou o quadro para chamar a atenção dos educandos.

Há também os que pensam que crianças são adultos em miniatura.

Não usam a criatividade nem para buscar o aperfeiçoamento pessoal e fazem apenas o que seus superiores lhes ditam.

Ser professor, no verdadeiro sentido da profissão, é ajudar a formar cidadãos de bem. É conhecer a intimidade do aluno e procurar extrair o que tem de melhor em sua intimidade, ajudando-o a reformular o que tenha que ser repensado.

Ser professor é estar sempre em busca do próprio aperfeiçoamento, para melhor servir.

É buscar sempre o que tem de melhor, para oferecer aos seus educandos.

É jamais se conformar com os desafios, por mais imponentes que sejam.

Ser professor é descobrir em cada aluno seu universo de potencialidades e ajudá-lo a desenvolvê-las.

Ser professor é muito mais do que passar teorias e conceitos. É edificar pelo próprio exemplo.

É romper com os modelos ultrapassados de incutir na cabeça do educando fórmulas prontas.

É incentivar a criatividade, permitindo o surgimento de mentes mais preparadas para a construção de um mundo novo, onde não haja lugar para o preconceito, para a hipocrisia, nem para a subjugação dos mais fracos.

Ser professor, finalmente, é poder aplicar o amor na sua mais expressiva manifestação de sublimidade.

É fazer brilhar no íntimo de cada aluno, a chama sagrada que o criador ali depositou.

O nobre professor é abençoado maestro que consegue retirar dessa harpa viva que é o coração da criança, a mais sublime musicalidade.

Sabe dedilhar nas cordas mais sutis da alma juvenil, a canção do dever e da justiça.

Consegue despertar nas almas que lhe ouvem os sábios conselhos, a mais harmoniosa melodia da esperança, da fé e do amor sem limites...

Fonte: http://www.reflexao.com.br/


Projeto de formação de professores em procedimentos de leitura

Ensine os professores de todas as disciplinas a desenvolver a competência leitora nos alunos


Saber ler é uma habilidade necessária para aprender e, por isso, os professores de todas as disciplinas devem ter como foco de seu trabalho desenvolver a competência leitora nos alunos. Este encarte - desenvolvido com exclusividade para NOVA ESCOLA GESTÃO ESCOLAR por Claudio Bazzoni, assessor de Língua Portuguesa da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo - traz o primeiro módulo do projeto Ler em Todas as Áreas. Com ele, será possível criar na escola alguns procedimentos comuns para que todos se tornem leitores eficientes.


Projeto Ler em Todas as Áreas - 1º módulo


Objetivo geral

Formar professores de todas as áreas, do 6º ao 9º ano, para o trabalho de leitura e o ensino de procedimentos de estudo.



Objetivos específicos

- Ensinar o aluno a estudar.

- Discutir situações didáticas de leitura em contexto de estudo.

- Refletir sobre estratégias que favoreçam o domínio de algumas práticas de linguagem ligadas ao estudo.

- Ter contato com bibliografia sobre gêneros de apoio à leitura.



Conteúdos do 1º módulo

Grifar textos e fazer fichamentos.



Tempo estimado

Três meses.



Material necessário

Cópias do texto Alguns Procedimentos de Apoio à Leitura e o texto O Resumo, de Isabel Solé, do livro Estratégias de Leitura, Ed. Artmed.


Desenvolvimento

1ª etapa - Debate

Para mobilizar os professores para o trabalho de leitura e procedimentos de estudo, comece discutindo as representações que eles fazem das dificuldades que os alunos apresentam na hora de estudar. Proponha um debate que parta de questões como:

- Os alunos sabem estudar? Por quê?

- Que representações eles fazem do estudo?

- É possível ensinar procedimentos de estudos? Quais? Como ensiná-los?

- Quais procedimentos já foram ensinados?

Peça que os professores trabalhem em duplas e apresentem as conclusões a que chegaram para o grupo. Em seguida, organize um quadro com as respostas.



2ª etapa - Leitura compartilhada

As diversas visões sobre o que é um resumo ou um fichamento certamente levam a diferentes maneiras de ensinar a produzir esses gêneros. Essa diversidade, na mesma escola, pode fazer com que o aluno se perca em meio a uma confusão de orientações e expectativas. Para leitores em formação, o melhor é repetir procedimentos e insistir neles. Conduza a reunião da seguinte forma:

1. Forme grupos de no máximo três professores e peça que escrevam em papel craft ou cartolina as repostas às questões:

- O que é resumo? Que estratégias são boas para ensinar a resumir?

- O que é fichamento? Que estratégias são boas para ensinar a fichar?

- O que é esquema? O que é diagrama? Que estratégias são boas para ensinar fazer esquemas e diagramas?

- Como ensinar o aluno a grifar textos?

- O que é paráfrase?

- Quando fazer paráfrases e quando fazer resumos?

2. Discuta coletivamente as respostas dos professores, observando pontos comuns, divergências e incongruências. Durante o debate, é importante que todos percebam a necessidade de definir caminhos para ensinar a produzir os gêneros de apoio à leitura. É hora também de refletir sobre o papel da mediação do professor: não basta pedir aos alunos que grifem os textos ou façam resumos - é necessário ensinar-lhes como se faz.

3. Tire cópias do texto Alguns Procedimentos de Apoio à Leitura, distribua aos professores e peça que eles leiam e retomem os cartazes. Com uma caneta de outra cor, solicite que acrescentem as novas informações que consideraram relevantes.

4. Completados os cartazes, peça que cada grupo exponha as conclusões.

3ª etapa - Grifar textos

Retome a discussão da etapa anterior. Apresente a síntese do que foi discutido até então, dando ênfase às estratégias que já apareceram no grupo para ensinar a elaborar os gêneros de apoio à leitura. Nesta etapa, proponha algumas práticas de linguagem para o grupo, começando com grifar e sublinhar textos. Fazer com os professores atividades assim é a melhor maneira de combinar os procedimentos que devem ser adotados em sala de aula e tomá-los como objeto de reflexão. Assim, o professor vivencia a condição do aluno e depara-se com dificuldades que seguramente aparecerão em classe. É fundamental que a equipe perceba que grifar um texto não pode ser considerado uma atividade espontânea. Trata-se de uma construção escolar na qual o docente deve intervir ativamente. Escolha um dos textos da bibliografia de apoio para, junto com os professores, ler e grifar os tópicos essenciais com a finalidade de produzir um fichamento. Vale lembrar que resumir é uma atividade bastante usual para quem estuda e grifar ou sublinhar é a primeira fase para selecionar as ideias que farão parte dessa produção. Conduza a reunião da seguinte forma:

1. Organize os docentes em duplas, que é uma maneira interessante de trabalhar por permitir o debate e a negociação das passagens a ser grifadas.

2 Providencie para cada dupla o texto escollhido. A sugestão para esta atividade é O Resumo, de Isabel Solé (veja no quadro abaixo).

3 Lembre com os professores os passos que devem ser evitados e os que devem ser perseguidos na atividade de grifar, de acordo com o material trabalhado na etapa anterior.

4. Os grifos devem ser feitos com lápis.

5. Explique que o objetivo do exercício é marcar as passagens que apresentam o processo mediante o qual, segundo a autora, é possível elaborar um resumo. Veja abaixo um exemplo de como um texto pode ser grifado, com alguns comentários:



O Resumo Isabel Solé



A elaboração de resumos está estreitamente ligada às estratégias necessárias para estabelecer o tema de um texto, para gerar ou identificar sua ideia principal e seus detalhes secundários.


Você poderia, neste momento, dizer qual é o tema deste capítulo? Poderia identificar as principais ideias que ele transmite? Considera que dispõe, com os passos anteriores, de um resumo do que leu até este momento?



É provável que você considere que "quase" tem o resumo, mas não totalmente: ou, em outros termos, que a identificação do tema e das ideias fundamentais presentes em um texto lhe dão uma base importante para resumi-lo, porém este - o resumo - requer uma concretização, uma forma escrita e um sistema de relações que em geral não derivam diretamente da identificação ou da construção das ideias principais.



Comentários

No primeiro parágrafo, a autora apresenta as relações entre resumo, tema e ideia principal. Observe que termos acessórios (como advérbios) podem ser dispensados. A expressão "ideia principal" abarca "detalhes secundários".

Não é necessário grifar nada no segundo parágrafo. A autora apenas provoca o leitor, para interagir com ele.

No terceiro, continua a interpelação, mas no fim aparece uma informação nova - a de que o texto do resumo pode não derivar diretamente da identificação ou construção das ideias principais.

4ª etapa - Revisão dos grifos

Discuta com os professores o exercício da etapa anterior. O que eles grifaram? Por que destacaram determinadas passagens em detrimento de outras? É importante que todos tentem explicitar os critérios adotados e que se chegue a um consenso do que deveria ser grifado. Em função da discussão, os professores podem apagar o que marcaram desnecessariamente ou grifar passagens do texto que não tinham sido sublinhadas.


5ª etapa - Fichamento

Proponha que os docentes organizem e registrem as informações elaborando um fichamento. Essa atividade começa com a retomada do objetivo de leitura proposto e com a releitura do que foi grifado. Num fichamento, é importante aparecerem a referência bibliográfica, a explicitação do tema, as informações essenciais sobre questões específicas e as observações complementares. Apresente o seguinte modelo para a elaboração do fichamento:

 
Referência bibliográfica

Tema do texto:

Ideias importantes:

Observações complementares:


 
6ª etapa - Discussão das produções

Dedique esta etapa à socialização dos trabalhos, conversando sobre as dificuldades enfrentadas. Eles vão perceber que para fazer o fichamento com base em grifos é necessário reorganizar o texto, observando o uso dos elementos coesivos e a coerência textual. É preciso observar ainda se o fichamento preserva o significado do texto do qual procede e se as informações registradas atendem ao objetivo específico de leitura.


7ª etapa - Planejamento do professor

Inicie esta etapa retomando os procedimentos propostos para grifar e fichar textos. Solicite que cada professor escolha um texto de sua área que pretenda trabalhar em sala de aula para que eles mesmos façam os grifos e o fichamento. Esse exercício é fundamental para que os docentes se apropriem das atividades que posteriormente proporão à turma e antecipem o trabalho que pretendem desenvolver. Será possível perceber as dificuldades que os alunos enfrentarão, as ideias que podem ser escolhidas como principais e, principalmente, os critérios que serão adotados para marcar ou não passagens do texto. Esta etapa e a seguinte ocuparão mais de um encontro.


8ª etapa - Exercício do professor

Nas últimas reuniões, distribua a todos cópias dos textos escolhidos na etapa anterior. Cada docente deve mostrar como grifou e elaborou o fichamento e apresentar uma atividade ou sequência de atividades de leitura, discutindo os propósitos leitores com os colegas. Ao término das discussões, colha as impressões dos professores e estimule-os a trabalhar com os alunos os procedimentos de estudo que foram exercitados.

Fonte:http://revistaescola.abril.com.br/gestao-escolar/coordenador-pedagogico/projeto-formacao-professores-procedimentos-leitura-trio-gestor-diretor-escolar-supervisor-ensino-532517.shtml

sexta-feira, 12 de março de 2010

Como elaborar provas que ajudam na aprendizagem

Uma reunião de formação vai ajudar os professores a elaborar exames cada vez mais eficientes para a avaliação dos alunos

Temida pelos alunos e questionada quanto aos resultados, a prova deixou de ser o único instrumento de avaliação usado pelo professor. Hoje, ele dispõe de outras ferramentas para verificar o conhecimento da turma. Contudo, isso não significa que a prova deva ser banida das salas de aula. Quando elaborada com precisão, pode ser uma ótima aliada para produzir um bom diagnóstico do que a turma aprendeu. O resultado de uma prova vai servir de parâmetro para que o professor aprimore seu planejamento e seu trabalho em sala de aula. Para que seja eficiente, porém, ela precisa ser preparada com cuidado e o coordenador pedagógico pode ajudar muito a equipe (veja os pontos que devem ser levados em consideração na elaboração de uma prova nos infográficos do último quadro).

"Apesar da necessidade de tornar a avaliação contínua e diversificada, a simples observação do professor nunca é suficientemente profunda e individualizada em uma classe com dezenas de estudantes. A avaliação por escrito, portanto, sempre terá sua importância", afirma Jussara Hoffmann, autora de livros sobre o tema e uma das críticas dos testes feitos apenas para atribuir um conceito aos alunos. Jussara propõe o uso de questões cujas respostas indiquem o que cada um aprendeu e, com isso, ajudem o professor a melhorar as aulas. Cabe ao gestor responsável pela formação permanente - em geral, o coordenador pedagógico - fazer reuniões para discutir os critérios de elaboração (leia mais no quadro abaixo).
 
Pauta da reunião

Oficina de prova

- Marque com os professores um encontro de formação para falar sobre os métodos de avaliação e o papel da prova escrita. Para que haja exemplos, peça ao grupo um exame elaborado com base no caderno de um aluno.

- Inicie falando sobre a importância de elaborar questões específicas para cada turma e baseadas nas práticas desenvolvidas em classe.

- Peça que os professores troquem entre si as provas e os materiais usados para elaboração.

- Os educadores devem ler os exames e analisar se entenderam o enunciado e se as questões coincidem em forma e conteúdo com as encontradas nos cadernos.

- Pergunte: as atividades são parecidas com as realizadas pelos alunos? As perguntas se justificam diante do que o professor quer saber? As questões estão claras? Há espaço para as respostas? As orientações estão adequadas?

- Cada educador devolve a prova ao colega que a elaborou com observações e sugestões de pontos a melhorar.

- Proponha a reformulação das provas atendendo às solicitações do colega.

- Por fim, peça que os participantes troquem novamente as produções e debatam se a nova versão resulta em um diagnóstico mais preciso do que os alunos aprenderam.

Consultoria: Priscila Monteiro, coordenadora da formação em Matemática da prefeitura de São Caetano do Sul, SP, e formadora do projeto Matemática É D+, da Fundação Victor Civita.

 
Questões devem ter familiaridade com as atividades desenvolvidas nas aulas

O principal problema destacado por especialistas é a falta de conexão entre as provas e o dia a dia da sala de aula. "As práticas pedagógicas estão mais diversificadas. Contudo, na hora de avaliar, os professores dão para o aluno uma folha com questões que não têm nenhuma relação com as atividades que ele está habituado a fazer", afirma Jussara.

O correto é tomar como base não apenas o conteúdo ensinado em sala mas também a forma como ele foi apresentado. Se uma turma trabalhou em duplas nas aulas e explorou as possibilidades de respostas de forma colaborativa, por exemplo, o mesmo método pode ser adotado no exame. "Não há motivo para fazer da prova uma surpresa para o grupo", afirma Beatriz Cortese, formadora do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec), de São Paulo. Para ela, a melhor maneira de conferir se há a ligação entre o cotidiano da classe e as solicitações da prova é compará-la com as anotações nos cadernos.

Além de fazer a formação da equipe docente, debatendo as diversas estratégias possíveis para preparar uma boa prova, o coordendor pode avaliar uma cópia do exame antes de ele ser dado aos alunos, observando se as atividades conferem com o que foi ensinado. É interessante notar também a linguagem utilizada. O enunciado das perguntas explicita claramente o que os estudantes precisam fazer? Pegadinhas ou enigmas são inúteis, pois a equipe não terá condições de avaliar se o estudante não sabia o conteúdo ou se não entendeu o que foi pedido.

Lea Depresbiteris, doutora em Psicologia Escolar pela Universidade de São Paulo, destaca também a importância de entregar aos estudantes provas que não sejam muito fáceis nem difíceis demais. "O nível do desafio não deve ser nem tão alto que frustre o aluno, nem tão baixo que o torne desmotivado", explica. O ideal é que o exame não seja muito extenso porque a capacidade de concentração dos menores - principalmente nos primeiros anos do Ensino Fundamental - ainda está em desenvolvimento. "Aos 9 ou 10 anos, a criança costuma manter o interesse e a concentracão em uma só atividade por cerca de uma hora", afirma Lea. Para evitar o cansaço, oriente os professores a mesclar perguntas objetivas e dissertativas e a pedir que todos leiam as questões no início. Os mais ansiosos certamente começarão pelas mais simples, e os que se cansam rapidamente, por sua vez, poderão responder antes as mais complexas.
 
O olhar do coordenador

Veja o que você deve analisar nas provas elaboradas pelos professores. Compare-as com registros dos alunos e outros materiais para saber quais conteúdos foram estudados

Identificação

A prova deve ter um espaço adequado para a identificação do aluno e a nota do professor

Prova de Matemática

Nome da escola:________________________________________

Nome do professor: ______________________________________

Nome do aluno: __________________________________________

Classe: _______

Data: ________ Conceito:______


Regras claras

As informações para a turma devem estar em destaque. O professor deve lê-las para que todos compreendam

Orientações para a realização da prova

Leia atentamente todas as questões da prova na frente e no verso da folha. Avalie quais são mais fáceis e quais são mais difíceis e decida por qual você quer começar.

Use lápis para o caso de você querer apagar. Se utilizar outra folha para rascunho, entregue-a para seu professor junto com a prova para ele considerar suas estratégias e não apenas o resultado.

Tempo

Nesta questão, há quatro problemas. Será que a prova não ficará muito longa? Peça ao professor que use a experiência das aulas para analisar se as crianças conseguirão manter a concentração.

Linguagem

Preste atenção nas palavras. Se o objetivo não é verificar o vocabulário, questione termos que possamser de compreensão difícil e comprometer o entendimento.

Objetivo

A pergunta corresponde ao que o professor realmente quer avaliar? Uma questão como esta pode gerar respostas pouco esclarecedoras, como "porque fiz a conta".

Espaço

Para evitar grande número de papéis e anexos, deve-se deixar espaço suficiente

entre as perguntas para rascunho e o desenvolvimento de raciocínios ou contas.


1) Resolva os problemas

- Um fazendeiro tinha 285 bois. Comprou mais 176 bois e depois vendeu 85 deles.

Quantos bois esse fazendeiro tem agora?

- Anália deve R$ 345,00 para Andréia e esta deve R$ 248,00 para Anália. Quem deve pagar a quem para que ambas as dívidas sejam saldadas? Quanto?

- Marcos, Laura e João repartem entre eles uma soma de dinheiro da seguinte maneira:

Marcos recebe o dobro de Laura. João recebe a mesma quantidade que Marcos e Laura juntos. João recebeu R$ 141,00. Que quantidade de dinheiro os três repartiram? Quanto Marcos e Laura receberam? Como você pode garantir que sua resposta está correta?

- Se eu tenho no banco R$ 6.754,00 e retiro todos os dias R$ 17,00, em quantos dias terei retirado todo o meu dinheiro?

__________________________________________________________

__________________________________________________________

__________________________________________________________

Familiaridade

O aluno está habituado ao conteúdo e ao tipo de questão? Para resolver esta questão, ele precisa ter trabalhado com tabelas em sala, além de ter noções de conceitos bancários.

2) Virgínia acompanha diariamente, pelo computador, o movimento de sua conta bancária. Os depósitos feitos na sua conta são lançados como créditos e os pagamentos ou retiradas são lançados como débito. Na tabela a seguir estão os lançamentos feitos em quatro dias do mês de março. Todos os valores estão em reais.

Março Créditos Débitos

2           25          100

5         320          50

8           42           0

10       101         205

O saldo inicial era zero. Qual é o saldo atual de Virgínia ao considerar esses lançamentos?



Além da resposta

A pergunta objetiva é acompanhada de outra, que pede que os alunos expliquem como pensaram - uma maneira de o professor saber o que eles já sabem para ensiná-los com base nisso.



3) Marque o número mais próximo do resultado para cada um dos cálculos abaixo e explique como você chegou a ele.



Quer saber mais?




CONTATOS

Beatriz Cortese

Jussara Hoffmann

Lea Depresbiteris


BIBLIOGRAFIA

Avaliar para Aprender, Domingos Fernandes, 222 págs., Ed. Unesp, tel. (11) 3242-7171, 35 reais

O Jogo do Contrário em Avaliação, Jussara Hoffmann, 176 pags., Ed Mediação, tel. (51) 3330-8105, 36 reais


Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/gestao-escolar/coordenador-pedagogico/como-elaborar-provas-ajudam-aprendizagem-avaliacao-teste-exame-539183.shtml