segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

FOTOS DAS ATIVIDADES REALIZADAS NO C.E.I ALEXANDRINA SCHLICHTING

 AS CRIANÇAS DO BI NO MOMENTO CULTURAL


A TARTARUGA VEIO NOS VISITAR... BI




É MELHOR SE SEGURAR...BI




DESCOBERTAS... BI









BRINCANDO COM OS BRINQUEDOS NOVOS... BI



 MOMENTO CULTURAL
O SÍTIO DO SEU LOBATO
... BI








 BOLA DE GUISO. BI 







COLAGEM COM AREIA COLORIDA. BII




EM CONTATO COM NOVAS TEXTURAS...PENA  BII






PINTURA USANDO O DEDO  BII 








TEIA DE ARANHA BII






 CADA ETAPA UM NOVO DESAFIO  BII 




DESFILE COM AS ROUPAS QUE OS PAIS USAM PARA TRABALHAR  MI 



HISTÓRIA DO CAMILÃO O COMILÃO MI



QUEBRA-CABEÇA DO CORPO MI
 
É PRIMAVERA...MI



CANTIGAS DO MI







DOMINÓ MII



CAVALO FEITO COM O CABO DA VASSOURA  MII
 

JOGO MII


BRINCANDO COM O CAVALINHO
MII


OBSTÁCULOS MII


DOMIMÓ MII

  
COLAGEM COM O PÓ DE CAFÉ MII



segunda-feira, 29 de novembro de 2010

É Natal...

E o que ensinamos as crianças sobre isso?
imagem-do-natal
A verdadeira mensagem de Natal foi traduzida na existência de Cristo
através do amor, da bondade, da caridade, da solidariedade e da paz.
Lojas lotadas. Shopping Centers onde as pessoas mal conseguem andar. Ruas de comércio popular em que as vendas superam os recordes dos anos anteriores. Economia aquecida por um saudável crescimento de quase 5% e pela queda dos índices de desemprego. Mais dinheiro no bolso em virtude do 13º salário. Comerciantes e consumidores em comunhão no sentido mais evidente do Natal, o consumismo...
Ceias fartas, mesa cheia com todas as guloseimas próprias dessa época do ano. Peru assado, farofa, tender, lombo, salpicão, bacalhau, maioneses, saladas, nozes, castanhas, panetones, rabanadas e tantos outros pratos se tornaram verdadeiras tradições na mesa de muitas e muitas famílias de brasileiros. E aqueles que não tem o que comer?
E a publicidade na televisão? Bonecas que falam ou que comem, carrinhos controlados por controle remoto, novos modelos de autoramas, videogames com fantásticos efeitos, ursos de pelúcia, bolas dos mais variados esportes, roupas de grife, tênis importados,... Tudo ali, diante dos olhos de nossas meninas e meninos, criando ilusões e estimulando a necessidade cada vez maior de comprar, comprar e comprar...
Mas, será que é esse o espírito de Natal que queremos que nossas crianças e adolescentes conheçam? Por que será que nos envolvemos nessa agitação febril que toma conta de nosso país (entre outros) e nos lançamos ferozmente as compras? Quantas crianças sabem ao certo o que significa essa data que celebramos com a entrega de presentes e com a organização de uma grande ceia? Que sentimentos estamos alimentando em relação aos motivos que nos levam a comemorar o nascimento de Jesus Cristo?
Árvore-de-natal
Árvores e presentes para todos devem ser mais do que propostas,
muito mais que sonhos, realizações de um futuro não muito distante.
Não há demérito algum em comprar presentes para as crianças ou para amigos e parentes. Não se sintam culpados por gastar o dinheiro que ganharam ao longo do ano com muito suor para dar um brinquedo ou uma roupa a pessoas pelas quais tenham carinho e afeição. A questão não é essa. Não estamos condenando uma prática que é repetida a milhares de anos, não apenas dentro de celebrações cristãs, mas também em outras religiões e mesmo fora do âmbito meramente espiritual.
Além do que, vale ressaltar, que a recuperação econômica do nosso país, depois de anos e anos de dificuldades, crises, recessões e “períodos de vacas magras” nos estimula a aproveitar o momento. As compras são importantes porque, também, movimentam o comércio, aquecem a indústria, aumentam as vendas dos agricultores e pecuaristas, num intenso e saudável crescimento econômico, dentro e fora de nosso país. Só por isso já se justificaria a continuidade das compras nessa (ou em qualquer outra) época do ano...
Se o problema não é comprar, qual é a dificuldade?
Temos que relembrar, a todo o momento, que a festa de Natal está relacionada ao nascimento do menino Jesus. Na prática, significa restabelecer um elo de ligação entre o nosso mundo, as nossas crenças, a nossa filosofia e ética as idéias e pregações de Cristo e de seus apóstolos, bases que sedimentam a civilização ocidental e garantem a sua sobrevivência.
Natal é, verdadeiramente, tempo de paz e de amor. Época do ano em que devemos ir além daquilo que realizamos durante os outros meses em termos de solidariedade pelo próximo. Temos que fazer mais, doar mais do nosso tempo, prestar mais auxílio a quem necessita, atender com mais presteza aqueles que não tem a mesma sorte e oportunidades que tivemos em nossas vidas.
Brinde-ao-natal
Reúna seus parentes e amigos. Celebre o Natal com as pessoas
que você ama e respeita. Peça perdão pelos erros e desentendimentos.
O nascimento de Cristo é época de comunhão e entendimento.
“Estender a mão” não é apenas uma metáfora. “Dar a quem tem fome” não é somente um refrão. Ajudar aos pobres e oprimidos não deve ser visto apenas como mais uma frase bonita que compõem os evangelhos e os ensinamentos de Cristo.
Temos que viver esses exemplos. Ir a asilos e casas que dão apoio a crianças órfãs. Disponibilizar tempo para visitar pessoas doentes que precisam de apoio e solidariedade. Rever os amigos e parentes para celebrar a amizade, o respeito e o amor que sentimos uns pelos outros. Enterrar as desavenças e os desentendimentos em favor da tolerância e da união. É o período do ano mais adequado para lavar a alma, levantar a poeira e dar a volta por cima. É tempo de recomeçar!
Nos últimos anos, para ser mais preciso na última década e meia, tem surgido de forma espontânea no Brasil uma série de grupos estruturados a partir da sociedade civil, que se prontificaram a ajudar de forma concreta aos setores menos favorecidos de suas comunidades. São pessoas que se organizaram para coletar alimentos e distribuir cestas básicas, conseguir e doar brinquedos, providenciar abrigo e roupas, dar atenção e distribuir bondade. Não querem apenas dar algo material, pretendem alimentar o espírito de Natal a partir de ações em que não pedem nada em troca.
Para os que ficaram preocupados com a questão da caprichada refeição da noite de Natal, vale lembrar que a comida, nesse caso, é um grande pretexto para unir, numa mesma mesa, parentes e amigos. Essa prática remonta a própria idéia da Santa Ceia, em que Jesus se reuniu com seus apóstolos.
Papai-Noel-e-o-menino-Jesus
Presenteie com amor e alegria. Perceba que o Natal é uma época de compreensão,
paz e união. Estimule a solidariedade. Veja em todos os símbolos do Natal
(como no caso do Papai Noel) a oportunidade de realizar as mensagens de Jesus Cristo.
A correria do dia a dia, os afazeres profissionais e domésticos, as preocupações com contas a pagar, compromissos dos filhos e tantas responsabilidades nos tiram, ao longo do ano, a possibilidade de ter esse momento de desfrutar da companhia de nossos pais, avós, tios, sobrinhos, irmãos e amigos. Isso não justifica nossos exageros à mesa, pelo contrário, não devemos nos esquecer que o dia seguinte pode ser marcado por indisposições ou mesmo dores de barriga. Devemos comer sim, satisfazendo nossas necessidades e desejos, mas sem ultrapassar os limites naturais de nossos corpos...
Vale relembrar que, felizmente há um grande contingente de pessoas mobilizadas articulando a realização de refeições coletivas para ajudar as pessoas mais carentes. Existem tantas outras atuando em favor da coleta e entrega de cestas básicas. E você, o que tem feito a esse respeito? Tem ajudado com doações de alimentos? Tem participado de mutirões? Doou dinheiro para que essas festas comunitárias pudessem ser realizadas?
O espírito de Natal pede maior participação e atuação no âmbito social. Não é só uma questão de imagem perante a sociedade. O mais importante é se sentir bem. Saber que de alguma forma, você pôde ajudar alguém que realmente precisava do seu auxílio. Fazer o bem faz muito bem para quem é ajudado e, também, para quem realizou a boa ação. O Natal, data do nascimento de Jesus Cristo, é ocasião perfeita para nos lembrarmos disso e realizarmos isso na prática...
Obs. A propósito, destaco nesse editorial as ações positivas que devemos desempenhar em especial nessa época do ano, mas gostaria de lembrar que essa disposição deve permanecer ao longo de todos os outros meses, para que possamos fazer um amanhã melhor, mais justo e digno para muitas e muitas pessoas.

Fonte: http://www.planetaeducacao.com.br/portal/artigo.asp?artigo=326

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Educar -



“Educar é mostrar a vida
a quem ainda não a viu.
O educador diz: “Veja!”
- e, ao falar, aponta.
O aluno olha na
direção apontada e
vê o que nunca viu.
Seu mundo
se expande.
Ele fica mais
rico interiormente...”
“E, ficando mais rico interiormente, ele
pode sentir mais alegria
e dar mais alegria -
que é a razão pela
qual vivemos.”
“Já li muitos livros sobre psicologia da educação, sociologia da educação, filosofia da educação – mas, por mais que me esforce, não consigo me lembrar de qualquer referência à educação do olhar ou à importância do olhar na educação, em qualquer deles.”
“A primeira tarefa da
educação é ensinar a ver...
“É através dos olhos que as
crianças tomam contato com
a beleza e o fascínio do mundo...”
“Os olhos têm de ser educados
para que nossa alegria aumente.”
“A educação se divide em duas partes:
educação das habilidades
e educação das sensibilidades...”
“Sem a educação das sensibilidades,
todas as habilidades
são tolas e sem sentido.”
“Sem a educação
das sensibilidades,
todas as habilidades
são tolas e
sem sentido.”
“Os conhecimentos nos dão meios para viver.
A sabedoria nos dá razões para viver.”
“Quero ensinar as crianças.
Elas ainda têm
olhos encantados.
Seus olhos são dotados daquela qualidade que,
para os gregos,
era o início do pensamento:...”
“...a capacidade de
se assombrar
diante do banal
“Para as crianças,
tudo é espantoso:
um ovo, uma minhoca, uma concha de caramujo, o vôo dos urubus,
os pulos dos gafanhotos, uma pipa no céu,
um pião na terra.
Coisas que os
eruditos não vêem.”
“Na escola eu aprendi complicadas classificações botânicas,
taxonomias, nomes latinos – mas esqueci.
Mas nenhum professor jamais chamou a minha atenção para a beleza de uma árvore...
...ou para
o curioso
das simetrias
das folhas.”
“Parece que, naquele tempo, as escolas estavam mais preocupadas em fazer com que os alunos decorassem palavras
que com a realidade
para a qual
elas apontam.”
“As palavras só têm sentido se nos ajudam a ver o mundo melhor.
Aprendemos palavras
para melhorar os olhos.”
“As palavras só têm sentido se nos ajudam a ver o mundo melhor.
Aprendemos palavras
para melhorar os olhos.”
“Aprendemos palavras para melhorar os olhos.”
“As palavras só
têm sentido
se nos ajudam a ver
o mundo melhor.”
“Aprendemos palavras
para melhorar
os olhos.”
O ato de ver
não é coisa natural.
Precisa ser
aprendido.”
“Há muitas pessoas
de visão perfeita
que nada vêem...
O ato de ver não é coisa natural.
Precisa ser aprendido.”
“Há muitas pessoas
de visão perfeita
que nada vêem...
“Quando a gente
abre os olhos,
abrem-se as
janelas do corpo,
e o mundo aparece refletido dentro
da gente.”
“São as crianças que, sem falar, nos ensinam as razões para viver.
Elas não têm
saberes a transmitir.
No entanto,
elas sabem o essencial da vida.”
“Quem não muda sua maneira adulta de ver e sentir
e não se torna como criança
jamais será sábio.”
Rubem Alves
Rubem Alves – Nasceu em 15 de setembro de 1933, em Boa Esperança, Minas Gerais.
Mestre em Teologia, Doutor em Filosofia, psicanalista e professor emérito da Unicamp. Tem três filhos e cinco netas.
Poeta, cronista do cotidiano, contador de histórias, um dos mais admirados e respeitados intelectuais do Brasil.
“As crianças não têm
idéias religiosas, mas têm
experiências místicas.
Experiência mística não é ver seres de um outro mundo.
É ver este mundo iluminado pela beleza.”
Rubem Alves

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Brincar faz parte do aprendizado

Num canto, uma criança embala sua boneca nos braços com uma canção de ninar. Em outro canto, um garotinho digita rapidamente, no teclado de um computador desligado, como se estivesse trabalhando.


Ainda nesse cenário, não pode faltar a garotinha falando ao telefone, imitando frases muito conhecidas do seu cotidiano familiar. “Oi! Como vai? Tudo bem? Espera aí que vou chamar. Um beijo, tchau”.

O mundo da criança é fantástico e sua imaginação é incrível. Incentivar o lúdico é papel de todo pai e educador. E é isso que uma escola da zona sul de São Paulo faz.

Essa escola estimula o mundo encantado, o faz de conta, o ser “criança”. Quem pensa que essas brincadeiras infantis servem apenas para passar o tempo da criançada está enganado.

Enquanto as crianças brincam, constroem o conhecimento de maneira sólida e bem elaborada. Só o ato de pegar as roupas da mãe e fazer de conta que é ela ou de imitar o pai trabalhando já demonstra o quanto de percepção essa criança tem.

“Nessas brincadeiras, as crianças assimilam dúvidas, elaboram suas angústias e constroem seu conhecimento”, afirma Fernanda Nedopetalski, coordenadora pedagógica.

As brincadeiras podem ser introduzidas facilmente às aulas. Por exemplo, minhocas e tatus-bola introduzem as aulas de ciências; pula-corda, corre-cotia, barra-manteiga e outras brincadeiras introduzem a criançada no universo da matemática.

O ato da criança ou do educador contar histórias introduz os pequenos no mundo literário, estimulando o bom desenvolvimento da língua e promovendo uma integração com todas as áreas do conhecimento.

Proporcionar esses momentos é estimular criatividade, imaginação, fantasia e, assim, garantir que essas crianças se tornem adultos suficientemente preparados para enfrentar os futuros desafios. Porque o bom aprendizado é aquele que fica para a vida toda!

FONTE: http://www.eaprender.com.br/940

sexta-feira, 24 de setembro de 2010



Como denunciar casos de abuso sexual contra crianças e adolescentes:
* Nos Conselhos Tutelares, preferencialmente, pelo atendimento que deverá ser prestado à vítima
* Junto às autoridades policiais
(Polícia Militar - fone 190 - ou Delegacia de Polícia)
* Aos Promotores de Justiça com atribuição nas áreas
Criminal e da Infância e Juventude
* De forma anônima, pelo disque-denúncia nacional (ligação gratuita)
fone 100 (8h-22h)



Combate à Exploração Sexual Infanto-Juvenil





RESPONSÁVEL
Centro de Apoio Operacional da Infância e Juventude - CIJ
OBJETIVO
Combater a violência e exploração sexual infanto-juvenil através do apoio ao Fórum Catarinense pelo Fim da Violência e da Exploração Sexual Infanto-Juvenil.
PÚBLICO-ALVO
População infanto-juvenil.
JUSTIFICATIVA
Apoio operacional ao Fórum pelo Fim da Violência e da Exploração Sexual Infanto-Juvenil. Participação em campanhas, seminários, conferências, discussões, capacitação e articulação de ações dirigidas ao combate à violência e exploração sexual infanto-juvenil.
AÇÃO

Apoio operacional ao Fórum Catarinense pelo Fim da Violência e da Exploração Sexual Infanto-Juvenil.

PARCEIROS

Ministério Público do Estado de Santa Catarina,

Escolas, associações de moradores, igrejas, grupos de jovens e outras entidades,
2.400 voluntários, distribuídos em núcleos nos 293 municípios catarinenses,
Fóruns Municipais e Regionais pelo Fim da Violência e da Exploração Sexual Infanto-Juvenil,
Secretaria de Desenvolvimento Social e da Família,
Sistema nacional gratuito de atendimento por telefone (0800),
Universidade do Sul de Santa Catarina - UNISUL, e
Conselhos Tutelares.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Os quatro pilares de uma educação para o século XXI e suas implicações na prática pedagógica


 

Por: Zuleide Blanco Rodrigues

O livro Educação: um Tesouro a Descobrir, sob a coordenação de Jacques Delors, aborda de forma bastante didática e com muita propriedade os quatro pilares de uma educação para o século XXI, associando-os e identificando-os com algumas máximas da Pedagogia prospectiva, e subsidia o trabalho de pessoas comprometidas a buscar uma educação de qualidade. Diz o texto na página 89: “À educação cabe fornecer, de algum modo, os mapas de um mundo complexo e constantemente agitado e, ao mesmo tempo, a bússola que permite navegar através dele”.
Segundo Delors, a prática pedagógica deve preocupar-se em desenvolver quatro aprendizagens fundamentais, que serão para cada indivíduo os pilares do conhecimento: aprender a conhecer indica o interesse, a abertura para o conhecimento, que verdadeiramente liberta da ignorância; aprender a fazer mostra a coragem de executar, de correr riscos, de errar mesmo na busca de acertar; aprender a conviver traz o desafio da convivência que apresenta o respeito a todos e o exercício de fraternidade como caminho do entendimento; e, finalmente, aprender a ser, que, talvez, seja o mais importante por explicitar o papel do cidadão e o objetivo de viver.
Os pilares são quatro, e os saberes e competências a se adquirir são apresentados, aparentemente, divididos. Essas quatro vias não podem, no entanto, dissociar-se por estarem imbricadas, constituindo interação com o fim único de uma formação holística do indivíduo.
Jacques Delors (1998) aponta como principal conseqüência da sociedade do conhecimento a necessidade de uma aprendizagem ao longo de toda vida, fundamentada em quatro pilares, que são, concomitantemente, do conhecimento e da formação continuada.
A seguir, é apresentada uma síntese dos quatro pilares para a educação no século XXI.
Aprender a conhecer – É necessário tornar prazeroso o ato de compreender, descobrir, construir e reconstruir o conhecimento para que não seja efêmero, para que se mantenha ao longo do tempo e para que valorize a curiosidade, a autonomia e a atenção permanentemente. É preciso também pensar o novo, reconstruir o velho e reinventar o pensar.
Aprender a fazer – Não basta preparar-se com cuidados para inserir-se no setor do trabalho. A rápida evolução por que passam as profissões pede que o indivíduo esteja apto a enfrentar novas situações de emprego e a trabalhar em equipe, desenvolvendo espírito cooperativo e de humildade na reelaboração conceitual e nas trocas, valores necessários ao trabalho coletivo. Ter iniciativa e intuição, gostar de uma certa dose de risco, saber comunicar-se e resolver conflitos e ser flexível. Aprender a fazer envolve uma série de técnicas a serem trabalhadas.
Aprender a conviver – No mundo atual, este é um importantíssimo aprendizado por ser valorizado quem aprende a viver com os outros, a compreendê-los, a desenvolver a percepção de interdependência, a administrar conflitos, a participar de projetos comuns, a ter prazer no esforço comum.
Aprender a ser – É importante desenvolver sensibilidade, sentido ético e estético, responsabilidade pessoal, pensamento autônomo e crítico, imaginação, criatividade, iniciativa e crescimento integral da pessoa em relação à inteligência. A aprendizagem precisa ser integral, não negligenciando nenhuma das potencialidades de cada indivíduo.
Com base nessa visão dos quatro pilares do conhecimento, pode-se prever grandes conseqüências na educação. O ensino-aprendizagem voltado apenas para a absorção de conhecimento e que tem sido objeto de preocupação constante de quem ensina deverá dar lugar ao ensinar a pensar, saber comunicar-se e pesquisar, ter raciocínio lógico, fazer sínteses e elaborações teóricas, ser independente e autônomo; enfim, ser socialmente competente.
Uma educação fundamentada nos quatro pilares acima elencados sugere alguns procedimentos didáticos que lhe seja condizente, como:
  • Relacionar o tema com a experiência do estudante e de outros personagens do contexto social;
  • Desenvolver a pedagogia da pergunta (Paulo Freire e Antonio Faundez, Por uma Pedagogia da Pergunta, Editora Paz e Terra, 1985);
  • Proporcionar uma relação dialógica com o estudante;
  • Envolver o estudante num processo que conduz a resultados, conclusões ou compromissos com a prática;
  • Oferecer um processo de auto-aprendizagem e co-responsabilidade no processo de aprendizagem;
  • Utilizar o jogo pedagógico com o princípio de construir o texto.
Conclusão
Presenciamos um momento muito importante em nosso país, o da demanda por educação, que, ao crescer, faz com que sociedade e instituições, em uníssono, movimentem-se no atendimento a essa urgência nacional. Essa é uma tarefa importante e é isso que se espera que o Brasil faça. Temos materiais e idéias. É preciso pôr em prática todos os estudos e projetos para a modernização da educação.
Para mudar nossa história e lograr conquistas, precisamos ousar em cortar as cordas que impedem o próprio crescimento, exercitar a cidadania plena, aprender a usar o poder da visão crítica, entender o contexto desse mundo, ser o ator da própria história, cultivar o sentimento de solidariedade, lutar por uma sociedade mais justa e solidária e, acima de tudo, acreditar sempre no poder transformador da educação.
Sugestão de leituras
DELORS, Jacques (Coord.). Os quatro pilares da educação. In: Educação: um tesouro a descobrir. São Paulo: Cortezo. p. 89-102.
FREIRE, Paulo; FAUNDEZ, Antonio. Por uma pedagogia da pergunta. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1985.

Disponível em: http://www.educacional.com.br/articulistas/outrosEducacao_artigo.asp?artigo=artigo0056

terça-feira, 8 de junho de 2010

Por um planeta em equilíbrio

Para formar cidadãos conscientes, a escola deve atualizar conceitos e modificar práticas em relação às questões ambientais

Diariamente, os noticiários divulgam reportagens sobre a situação ambiental em diferentes regiões do planeta, revelando o impacto das ações humanas sobre o equilíbrio da Terra. A temática dessas notícias já está presente nas escolas e nas salas de aula brasileiras. Sabe-se, porém, que não basta falar sobre elas. É preciso que a equipe escolar tenha informações atualizadas, alie o discurso à prática e dê oportunidades cotidianas para que os alunos, os funcionários e a comunidade incorporem novas atitudes voltadas à preservação da natureza. Para ajudar professores e gestores a cumprir essas tarefas, a revista NOVA ESCOLA lançou a edição especial Meio ambiente (nas bancas até 24 de julho) com reportagens, artigos e infográficos que mostram o que há de mais recente sobre água, energia, clima, consumo e sustentabilidade.

Os especialistas consultados são unânimes em afirmar que a abordagem de tais conteúdos deve ser feita sempre de maneira contextualizada. "O professor não tem de trabalhar em sala algo discutido em termos mundiais, mas aquilo que possa fazer diferença na vida dos estudantes e da comunidade", afirma Sueli Furlan, docente da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (USP) e selecionadora da área de Geografia do Prêmio Victor Civita - Educador Nota 10.

Isso não quer dizer que nunca serão feitas abordagens mais abrangentes sobre a questão ambiental. O desafio é pensar globalmente e agir localmente. Por exemplo, participar de um projeto de reflorestamento do entorno da escola pode tornar a discussão sobre o desmatamento da Amazônia mais significativa para crianças e adolescentes que moram no sul do país. O problema da diminuição das áreas verdes no planeta fica, assim, mais próximo ao cotidiano dos alunos, que aprendem a importância de combatê-lo e descobrem, na prática, como ajudar.

Conhecer os recursos naturais para ensinar novos valores e atitudes

Além de apostar na contextualização dos temas ambientais, é preciso estudar e manter-se atualizado - o que, vale lembrar, não é responsabilidade apenas dos professores de Ciências e Geografia. Pesquisas sobre a água mostram que é preciso diminuir o consumo no curto prazo para barrar a ameaça de escassez e que mesmo o Brasil, dono de grandes reservas, precisa redobrar seus cuidados. "Há muito desperdício. A distribuição não combina com as necessidades da população e a poluição é um problema", diz José Galizia Tundisi, presidente do Instituto Internacional de Ecologia de São Carlos, no interior de São Paulo.

Já em relação ao aquecimento global, os pesquisadores alertam que o impacto das ações humanas sobre o clima ultrapassou os limites aceitáveis e, por isso, é mais do que hora de mudar nosso estilo de vida. "Atualmente, somos 6,6 bilhões de habitantes consumindo o que existe sobre a superfície terrestre a um ritmo superior ao da capacidade de reposição do planeta. Estima-se que consumimos 25% além do que o meio ambiente consegue repor", alerta Emerson Galvani, geógrafo e professor da faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP.

A abordagem desses e outros assuntos em projetos implantados na escola requer alguns cuidados:

- Tratar os recursos naturais principalmente pela ótica do consumo consciente.

- Explicar que os fenômenos da natureza só provocam tragédias em áreas ocupadas pelo homem, em vez de mostrá-los como vilões.

- Abordar as questões ambientais de maneira interligada e não falar sobre elas isoladamente.

- Promover a redução do consumo e a reutilização de produtos, e não somente o processo de reciclagem (nem sempre é vantajoso).

- Fazer discussões com base no conhecimento científico e integrar os alunos nas decisões da escola, sem impor ações sem contexto nem significado para eles.

Ficar atento a tais pontos e implantar um projeto político pedagógico que privilegie o cuidado com o meio ambiente pode parecer uma atitude pequena diante das consequências que a humanidade já causou à vida na Terra. Porém provoca um grande impacto na aprendizagem dos alunos e muda a maneira como eles se relacionam com a natureza - uma esperança para recuperar o equilíbrio do planeta.

FONTE: http://revistaescola.abril.com.br/gestao-escolar/diretor/planeta-equilibrio-meio-ambiente-sustentabilidade-sustentavel-565862.shtml?page=0